Eu adoro puzzles.
Desde pequena.
Comecei com um pequeno, acho que tinha umas 100 peças e, com o passar do tempo, o grau de dificuldade foi aumentando, assim como o número de peças.
Uma das grandes incentivadoras deste meu “hobby” foi a minha avó. Lembro-me dela sempre dizer o quão importante era concluir o puzzle. Sem falhas.
“Graci, não podem faltar peças. Tens que concentrar-te, ter cuidado para não perder nenhuma, porque se isso acontecer, perdes todo o trabalho.”
Muitas vezes eu queria desistir. Estava cansada. Enjoava o desenho. Demorava horas para encontrar “a” peça que encaixasse. Mas a minha avó insistia: “o que começas, tens que terminar”.
“Você pode estar cansada, zangada ou decepcionada, agora. Mas lembre-se sempre do prazer que terá ao ver o quadro terminado. Olhará para o seu ‘trabalho’ e se sentirá orgulhosa de ter insistido, de se ter sacrificado. Não importa o tamanho, nem a importância, nem a beleza. Se começou, tem que terminar.”
E eu terminava. Terminava sempre.